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O que é a Inteligência Emocional? Qual a importância de a estimular nas crianças?

  • Foto do escritor: multiclic
    multiclic
  • 6 de fev. de 2023
  • 4 min de leitura

A inteligência emocional foi definida, por Daniel Goleman (1998), como “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

A capacidade intelectual, por si só, não é suficiente para garantir que uma pessoa vai ser bem-sucedida no desempenho da sua profissão e/ou no desempenho social. Já uma pessoa emocionalmente inteligente consegue identificar e gerir as próprias emoções de forma adequada, exercendo o autocontrolo e a empatia necessários para adotar comportamentos e atitudes mais ajustados à sociedade.

Neste sentido, torna-se essencial estimular a inteligência emocional desde cedo, nomeadamente nas crianças. A educação emocional tem que ser vista como um processo de construção contínuo que se inicia na família, passando pela escola e que se desenvolve e evolui ao longo da vida.





Como referido, a educação emocional inicia-se na família, na qual as crianças aprendem como se devem sentir em relação a elas mesmas, como devem interpretar e manifestar as suas emoções, e como os outros reagem. A família, e mais especificamente os pais, tem um grande impacto na educação emocional das crianças, uma vez que é nos primeiros anos de vida que se constroem aptidões emocionais que serão desenvolvidas nas fases seguinte da vida de cada criança.

A inteligência emocional centra-se em sete aptidões fundamentais, nomeadamente a confiança, a curiosidade, a intencionalidade, o autocontrolo, o relacionamento, a capacidade de comunicar-se e a cooperação (Goleman, 2012). Este conjunto de aptidões vai permitir-nos:

· Conhecer e identificar as próprias emoções, essencial para o discernimento emocional, para a autoconsciência e autocompreensão e para a tomada de decisão;

· Saber como lidar com as emoções, isto é, gerir a frustração, a ansiedade, a tristeza e a irritabilidade para conseguir viver de uma forma mais tranquila;




· Motivar-se, utilizando as emoções como ferramenta de desenvolvimento da atenção, da automotivação, do autocontrolo e da criatividade, conseguindo ser mais eficaz em qualquer atividade.

· Desenvolver a empatia, de forma a conseguir perceber como os outros se sentem e o que precisam.

· Relacionar-se com os outros de forma adequada e saudável.

Para estimular a inteligência emocional das crianças é importante, primeiramente, que os pais saibam lidar com as suas emoções. Existem várias estratégias para estimular a inteligência emocional dos/as seus/as filhos/as, entre as quais:

· Dar espaço à criança para expressar abertamente o que está a sentir (mesmo quando são sentimentos menos positivos), ajudando-o a verbalizar e a descrever o que está a sentir, atribuindo um nome e um significado. Pode, até, partilhar com ela os seus sentimentos;

· Quando a criança demonstrar maior dificuldade em lidar, gerir ou controlar alguns sentimentos (frustração, medo, raiva, entre outros), ajude-o a identificar os sinais comportamentais de cada emoção, por exemplo, o coração a bater mais rápido, ter vontade de gritar e/ou chorar, respirar mais depressa, as mãos a tremer, entre outros. Nestes momentos é importante dar à criança ferramentas para conseguir saber que a emoção está a “aproximar-se”, para que consiga lidar, gerir e/ou controlar melhor a emoção – técnicas de controlo de respiração e de abstração são uma boa ajuda;

· Fomente a escuta ativa, ouvindo a criança com empatia;

· Fale com a criança do seu dia a dia, não escondendo a sua tristeza quando é o caso. Às vezes temos a tendência para tentar proteger os/as nossos/as filhos/as, dizendo que estamos cansados/as, quando na realidade estamos tristes ou preocupados/as. São emoções distintas e devemos conversar sobre elas com as crianças, e este é um exercício importante também para o reconhecimento de emoções nos outros;



· Estabeleça limites claros, e seja firme. Os limites dão segurança à criança, porque as ações e as suas consequências tornam-se mais previsíveis. Para além disso, quando existe uma explicação válida para estes limites, e que a criança compreende, ela não terá dificuldade em cumpri-los e aprende que os limites também são uma forma de preocupação e carinho;

· Ensinar à criança que não conseguimos escolher o que sentimos, mas podemos escolher o nosso comportamento face a determinada emoção. Desta forma, é importante ajudar a criança a perceber que gritar ou amuar são comportamentos que não a vão fazer sentir-se melhor, nem solucionam o problema. Ao invés, é importante ajudar a criança a explorar comportamentos mais produtivos, de forma adequada à sua idade e fase de desenvolvimento, tais como conversar sobre o assunto, perceber como poderá resolver a situação, ou fazer outra coisa de que goste e a acalme;

· Pode desenvolver jogos e brincadeiras de reconhecimento de emoções, com desenhos animados, brinquedos e/ou personagens favoritas da criança;

· Quando a criança se sentir desmotivada, valorize o seu esforço e apresente-lhe outras alternativas para conseguir superar o desafio.



Se acha que o/a seu/a filho/a demonstra dificuldades a nível emocional, ou gostaria de saber mais sobre o assunto, entre em contacto connosco!


A Psicóloga

Gabriela Graça


Referências

Associação Terra das crianças . (2020). Inteligência Emocional nas crianças – Como estimular?

Bourscheid, A. T. (s.d.). INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.

Goleman, D. (1998). Working with Emotional Intelligence. Bantam Books.

Goleman, D. (2012). Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente.



 
 
 

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