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Escrever: parece simples mas não é!

  • Foto do escritor: multiclic
    multiclic
  • 10 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura


Escrever envolve várias competências e ativa sinapses cerebrais, consequentes como consequência do feedback das ações motoras e sensoriais necessárias para esta função. Estudos científicos desenvolvidos por Steve Graham, defendem que a escrita manual é fundamental no processo de aprendizagem, porque potencia a memória, criatividade e raciocínio.

A escrita é uma habilidade complexa que compreende várias competências, nomeadamente coordenação visuomotora, processamento cognitivo de alto nível, competências perceptivas-sensoriais, nomeadamente táctil-cinestésico, vestibular e proprioceptivo, planeamento motor, estabilização de ombro, alinhamento de cabeça e tronco, organização espacial, controle temporal, além de todas estas competências necessárias é fundamental possuirmos uma preensão adequada do utensílio de escrita, para que nos permita também escrever de forma fluída. O domínio destas competências permite que as crianças se concentrem sobre o conteúdo da sua escrita, e não na mecânica do controlo do lápis. A forma mais eficiente para pegar no lápis é a chamada tríade dinâmica e suas variantes. Nesta preensão, o lápis é mantido entre o polegar e o dedo indicador, pousando no dedo médio, ligeiramente horizontalizado. Estes três dedos formam assim uma espécie de tripé. (Protocolo McMAster 2012).




Dificuldades

As dificuldades nos componentes de desempenho referidos acima, têm consequências na capacidade de desenho e consequentemente na escrita, que poderá manifestar-se através da dificuldade da criança em manter-se sentada, cansaço ao escrever, letra ilegível ou mesmo incapacidade de escrever letras e números.

Uma das situações mais frequentes, é a pega incorreta do lápis, que é bastante desvalorizada. A preensão é evolutiva e podem ser adquiridos padrões de posicionamento errados no pré-escolar, que acarretam consequências graves no futuro. Como no pré-escolar as crianças ainda são pequenas não existe noção das consequências a longo prazo, nomeadamente aquando da entrada para a escola. Assim, quanto mais cedo houver uma correção das competências envolvidas na escrita/desenho melhor porque não existe habituação a uma preensão errada, que pode ser bastante difícil de corrigir em idades escolares.

O desenvolvimento da preensão tem uma progressão geralmente previsível, devido às etapas do desenvolvimento psicomotor, a imagem abaixo mostra a evolução do padrão típico de preensão:




Exemplos da preensão incorreta



Para que seja facilitada e possível uma preensão e posicionamento correto do utensílio de escrita é fundamental estarmos sentados de forma correta, para prevenirmos futuras complicações músculo-esqueléticas, para promovermos a manutenção da atenção nas tarefas, quando estamos desconfortáveis temos tendência a nos movimentarmos mais e também para estabilizarmos o membro superior para se possa escrever.

Se, o seu filho não pega direito no lápis ou se tem dificuldade em estar sentado, ou em sentar-se corretamente, é fundamental realizar uma avaliação em terapia ocupacional já que esta dificuldade poderá trazer repercussões ao nível da motivação, auto-estima, e no desempenho e aprendizagens escolares do seu filho.



Bibliografia

Report writting Study Charles MacArthur, Steve Gaham, Jill FitZgerald, paperbook edition 2008

Protocolo MC Master de Avaliação 2ª Edição 2009

Ergonomia Escolar - Recomendações, Maria Filomena Carnide, Direção Geral de Saúde 2016

 
 
 

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